Os 3 hábitos dos Pilotos Executivos de sucesso

Os 3 hábitos dos Pilotos Executivos de sucesso

A aviação executiva é cercada de mitos e mistérios que deformam a realidade e causam mal entendimento da atividade, principalmente por pilotos e outros profissionais que não estão ainda inseridos no meio. A provável causa deste fenômeno é o fato da “executiva” ser, de forma proposital, pouco acessível.

O maior dos enigmas em relação a esta atividade é, sem dúvidas, a questão da empregabilidade. Ao contrário da aviação regular, que apresenta pré-requisitos claros para ingresso (experiência de “x” horas de voo, ICAO 4/5/6, IFR, MLTE, etc.) e processos seletivos padronizados, na aviação executiva, a maioria não faz ideia nem para onde enviar seus currículos, e se isso sequer fará diferença nas suas chances de emprego. Sem dúvidas a fórmula é mais complexa e menos matemática, não existe receita pronta.

Apesar da falta de clareza em relação aos meios de se introduzir na aviação executiva, existem padrões claros em relação ao comportamento e aos hábitos de pilotos bem sucedidos deste meio, o que pode levar a uma melhor compreensão das atitudes que os pilotos iniciantes devem tomar para se considerarem fortes candidatos para as futuras vagas.

1° Hábito – Criação de relacionamentos

A maioria dos pilotos executivos tem a plena noção de que relacionamento e networking são fundamentais na construção da carreira. O grande problema é que a maioria cai na armadilha da auto piedade e do “coitadismo”, se preocupando mais em reclamar que não está empregado por que “não tem muitos contatos” ou por que “não é filho de um piloto ou alguém importante”, do que se preocupar com criação da sua própria rede de relacionamentos, algo que pilotos bem sucedidos fazem quase que naturalmente.

Como tudo na vida, a criação de contatos é algo que deve ser construída com o tempo, em etapas. Não há necessidade de se conhecer grandes empresários e proprietários de aeronaves no início da carreira. Ao começar se relacionando bem com atendentes de hangares, mecânicos de aeronaves, equipe de abastecedores e outros prestadores de serviços, sem dúvidas criará a base para sua reputação no meio aeronáutico. A próxima etapa é o relacionamento com os próprios colegas de profissão, afinal, serão outros pilotos que provavelmente terão a maior capacidade de te indicar para uma vaga, mas isso não basta.

Uma das melhores formas de se iniciar um bom relacionamento é através do oferecimento de ajuda. Todos nós precisamos de ajuda e quando alguém se oferece, sem dúvidas causa uma boa impressão e cria um sentimento de reciprocidade. Mas a forma mais comum de oferta de ajuda por parte de pilotos iniciantes é quase sempre a mesma, que já foi eficiente um dia: auxiliar nas tarefas de hangar como limpeza e posicionamento de aeronaves, auxiliar pilotos na transmissão de planos de voo, entre outras, e isso vem causando problemas recorrentes tanto para os aspirantes a copiloto quanto para o próprio funcionamento da aviação geral.

Hangares e salas VIP superlotados são comuns pelos aeródromos do Brasil, criando um ambiente desorganizado e repleto de risadas e fofocas aeronáuticas, o que tem inclusive colaborado para atitudes cada vez mais restritivas por parte dos administradores dos hangares em relação a quem tem ou não permissão de entrada.

Se você pretende se destacar em meio a este excesso de oferta, o princípio é simples e muito parecido com o que fazem as empresas para destacarem seus produtos no mercado (afinal, o piloto é uma empresa individual e deve saber vender seu produto/serviço): seja inovador, ofereça algo diferente e de grande valor para o cliente (outros profissionais).  A grande questão é: “O que eu posso fazer de diferente?”, até por que inovar não é fácil e exige esforço, dedicação e criatividade.

Uma forma que funciona muito bem neste caso é desenvolver uma habilidade nova, específica, e de preferência que contenha um certo grau de complexidade, que poucos pilotos possuem. Dessa maneira, você poderá contribuir em um nível mais alto, resolver problemas mais profundos e criar um relacionamento mais sério e nivelado.

E a boa notícia é que a aviação é repleta de atividades complexas e pouco exploradas, alguns exemplos de habilidades são: conhecimento profundo em processos da ANAC (sem dúvidas poucos compreendem bem este tema, e muitos comandantes precisam de auxílio), conhecimentos em softwares e em aviônicos (até a atividade de atualizar banco de dados de sistemas como Garmin G1000 e Proline 21 podem ser complexos e desafiadores para alguns pilotos), conhecimento de regulamentos estrangeiros (planos de voos internacionais são complicados e geram dúvidas frequentes).

Estas são algumas das diversas habilidades que um piloto pode desenvolver para ser capaz de auxiliar e cooperar com colegas de profissão, e por consequência, criar uma forte rede de relacionamento de uma forma diferente do senso comum. Não somente por estes motivos, conhecimentos como esses podem se transformar até em negócios e em uma segunda fonte de renda, muito importante para uma profissão em que a estabilidade nem sempre é garantida.

O hábito de continuamente criar relacionamentos de alto nível é algo presente na vida de pilotos executivos de sucesso na aviação executiva, porém, outros hábitos são igualmente fundamentais e devem ser observados sempre por aqueles que desejam um espaço na profissão.

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Daniel Passaglia Daniel Passaglia