O que é Plano de Voo?

O planejamento é um item fundamental para a segurança do voo, e por isso o piloto em comando de uma aeronave sempre deve estar ciente das informações que estão envolvidas em uma operação. Para isso deve-se preencher o Plano de voo, que é um documento onde há campos a serem ocupados com informações sobre a aeronave e a rota a ser percorrida que, em seguida são apresentadas aos órgãos responsáveis pelos serviços de tráfego aéreo (ATS).

Um plano de voo apenas será aceito pelo órgão ATS se o mesmo estiver dentro das condições exigidas pelos regulamentos para o tipo de voo que será realizado.

As informações que o piloto irá precisar para preencher um plano de voo estão disponíveis no Publicação Auxiliar de Rotas Aéreas (ROTAER) e na Documentação Integrada de Informações Aeronáuticas (IAIP), e podem ser encontradas no AISWEB. Já as informações meteorológicas, como cartas, METAR e TAF, podem ser acessadas pela REDEMET.

Qual a importância de um Plano de voo para uma operação aérea?

É de extrema importância que um plano de voo seja apresentado para que haja segurança no distanciamento entre aeronaves em Espaços Aéreos Controlados, diminuindo os riscos de acidentes.

A apresentação de um plano de voo pode ser feita em uma sala AIS do aeródromo de partida, por telefone ou fax; pela internet; ou por radiotelefonia pelo comandante, copiloto da aeronave, ou por despachantes operacionais de voo (DOV).

É obrigatória a apresentação de um plano de voo quando a aeronave estiver partindo de aeródromo provido de órgão ATS; operar IFR; operar VFR se a aeronave estiver sob Controle de Tráfego Aéreo; em Zona de Identificação de Defesa Aérea; ou em locais onde forem solicitados pelas publicações aéreas.

Como este artigo sobre Plano de voo está estruturado?

Quanto tempo vale um Plano de voo?

A apresentação de um plano de voo completo pode ser feita pela internet, pessoalmente, via aplicativo, fax ou telefone. Sua antecedência mínima é de 45 minutos (ou 30 minutos se apresentado pela internet) antes da hora estimada de calços fora (EOBT), e a antecedência máxima de 5 dias, ou 120 horas antes da EOBT.

Já o plano de voo simplificado pode ser apresentado na sala AIS em até 10 minutos antes da EOBT.

Após o horário previsto no plano, ambos tem a validade de 45 minutos após a EOBT, e caso não seja possível cumprir o horário, o responsável por passar o plano é obrigado a enviar uma mensagem de atraso (DLA), informando a nova hora prevista.

Além da DLA, existem as mensagens de cancelamento do plano (CNL), e modificação (CHG) caso precise alterar algum dado do plano como por exemplo, a rota ou até mesmo a matrícula da aeronave.

As mensagens de CNL, CHG, e DLA podem ser enviadas até 35 minutos além da EOBT, ou seja, 10 minutos antes da validade do plano.

Como preencher um plano de voo completo?

O plano de voo completo é válido para voos em rota, seja eles IFR ou VFR. A antecedência máxima é de 5 dias antes da EOBT, porém a data de decolagem deve ser inserida no campo 18 designada pelas letras DOF/ no formato YYMMDD, onde YY se refere ao ano, MM ao mês, e DD o dia.

Por exemplo: 30 de Agosto de 2021 será escrito como DOF/210830

plano de voo completo

Segundo a MCA 100-11, ao preencher os formulários de Plano de Voo, deve-se prosseguir das seguintes formas:

  • Todos os dados devem ser inseridos no primeiro espaço e, quando houver espaços em excesso, estes devem ser mantidos em branco.
  • Os dados devem ser digitados ou preenchidos com caneta azul ou preta e sem rasuras;
  • A hora utilizada será UTC.
  • As durações previstas de voo devem ser preenchidas com 4 (quatro) algarismos (horas e minutos).

O espaço sombreado é de uso exclusivo de órgãos AIS e ATS, com isso piloto deve apresentar apenas dos itens 7 ao 19.

ITEM 7: Identificação da Aeronave

Este campo deve ser preenchido sem hifens ou símbolos, apenas com uma das identificações da aeronave e sem exceder o limite máximo de 7 caracteres.

Para aeronaves da aviação geral deve-se inserir as marcas de nacionalidade, que no Brasil são designadas pelas letras: PT,PR, PU ou PS. Em seguida a marca de matrícula que é composta por 3 letras.

Para companhias aéreas, o preenchimento é pelo designador telegráfico ICAO da empresa e em seguida o número do voo. E para aeronaves da Força Aérea, deve-se inserir o designador oficial de matrícula e o número da aeronave.

item 7 do plano de voo com a matricula PRLFT

ITEM 8: Regras de voo e Tipo de voo

Para o tipo de Regra de voo de um plano, deve-se inserir uma das seguintes letras:

  • I – para voos que sejam totalmente IFR
  • V – para voos que sejam totalmente VFR
  • Y – para voos que iniciem IFR no primeiro trecho, e que seguem para uma ou mais mudanças de regra de voo durante a navegação
  • Z – para voos que iniciem VFR no primeiro trecho, e que seguem para uma ou mais mudanças de regra de voo durante a navegação

O tipo de voo que será feito deve condizer com uma das letras abaixo:

  • S – Transporte aéreo regular
  • N – Transporte aéreo não regular
  • G – Aviação geral
  • M – Aviação militar
  • X – Distintos dos indicados acima

Vamos supor que iremos realizar um voo totalmente visual, e que a aeronave seja da aviação geral. Sendo assim, devemos inserir a letra V em Regras de voo, e G em Tipo de voo.

item 8 do plano de voo preenchido

ITEM 9: Número, Tipo da aeronave e Categoria da esteira de turbulência

  • Número de aeronaves: deve-se preencher apenas quando há voo de formação entre duas ou mais aeronaves. Caso contrário deve deixar em branco.
  • Tipo de aeronave: cada tipo de aeronave tem seu designativo baseado no documento 8643 da ICAO (Aircraft type designator). Se não houver designativo, deve-se preencher o campo com as letras ZZZZ, e complementar o tipo de aeronave no campo 18 precedido de TYP/.
  • Categoria da esteira de turbulência: é determinado de acordo com o peso da aeronave:
    • J – para aeronave pesada, porém utilizada exclusivamente para Airbus 380-800
    • H – para aeronave pesada, com peso máximo de decolagem 136.000kg ou mais.
    • M – para aeronave média, com peso máximo de decolagem entre 7.000kg e 136.000kg.
    • L – para aeronave leve, com peso máximo de decolagem 7.000kg ou menos.

Se a aeronave não irá realizar voo em formação, o campo “número” ficará em branco.

Exemplificando que o tipo de aeronave seja um Cessna 182, acordo com o manual a abreviatura é C182. A categoria da esteira de turbulência é Leve, pois seu peso máximo de decolagem é menos que 7.000kg.

item 9 do plano de voo preenchido

ITEM 10: Equipamento e Capacidades

As capacidades são baseadas em três elementos:

  1. a presença de equipamento pertinente em funcionamento a bordo da aeronave;
  2. equipamento e capacidades compatíveis com as qualificações da tripulação de voo; e
  3. a aprovação correspondente da autoridade competente, quando aplicável.

Equipamento e capacidades de radiocomunicações, de auxílios à navegação e à aproximação. Inserir no lado esquerdo do campo uma das seguintes letras:

  • N – se a aeronave não dispuser de equipamento de radiocomunicações, de auxílio à navegação e à aproximação exigidos para a rota considerada ou se estes não funcionarem; ou
  • S – se a aeronave dispuser dos equipamentos padronizados de radiocomunicações, de auxílios à navegação e à aproximação exigidos para a rota considerada e estes funcionarem.

Inserir em complemento ou substituição ao previsto, se preciso, uma ou mais das letras indicadas na tabela abaixo, para apresentar os equipamentos e as capacidades COM/NAV. E se em funcionamento, os auxílios a navegação e a aproximação.

ASistema de pouso GBASKMSL
BLPV (APV com SBAS)LILS
CLORAN CM1ATC SATVOICE (INMARSAT)
DDMEM2ATC SATVOICE (MTSAT)
E1FMC WPR ACARSM3ATC SATVOICE (Iridium)
E2D-FIS ACARSOVOR
E3PDC ACARSP1CPDLC RCP 400
FADFP2CPDLC RCP 240
G(GNSS) Se qualquer porção do voo estiver planejado
para ser conduzido sob IFR, refere-se aos receptores
GNSS que atendem aos requisitos constantes em
legislação específica.
P3SATVOICE RCP 400
HHF RTFP4-P9Reservado para RCP
INavegação inercialRAprovado PBN
J1CPDLC ATN VDL Modo 2TTACAN
J2CPDLC FANS 1/A HFDLUUHF RTF
J3CPDLC FANS 1/A VDL Modo AVVHF RTF
J4CPDLC FANS 1/A VDL Modo 2WAprovado RVSM
J5CPDLC FANS 1/A SATCOM (INMARSAT)XAprovado MNPS
J6CPDLC FANS 1/A SATCOM (MTSAT)YVHF com capacidade de
separação de canais de 8,33 KHz
J7CPDLC FANS 1/A SATCOM (Iridium)ZOutro equipamento transportado
ou outras capacidades.
  • Se a letra G for usada, se houver tipos de elevação GNSS externa, serão indicados no campo 18 após o indicador NAV/ e separados por um espaço.
  • Se a letra S for usada, os equipamentos VHF RTF, VOR e ILS serão considerados padronizados, a menos que outra combinação seja prescrita pela autoridade ATS apropriada.
  • Se a letra R for usada, serão especificados no item 18 após o indicador PBN/ os níveis de navegação baseados na performance que podem ser alcançados.

OBS: A informação sobre a capacidade de navegação é enviada ao órgão ATC para efeito de autorização e ordenamento de tráfego.

Equipamento e Capacidades de Vigilância

O campo para equipamentos e capacidades de vigilâncias serve para mostrar quais equipamentos há em funcionamento a bordo da aeronave. Estes são inseridos do lado direito (após a barra) e tem o limite máximo de 20 caracteres.

  • Equipamento SSR ou ADS-B: se não houver equipamento de vigilância a bordo para a rota a planejada ou se o equipamento da aeronave estiver inoperante, o responsável por preencher o plano de voo deverá inserir a letra N.
  • SSR nos Modos A e C
    • A – transponder Modo A (4 dígitos – 4096 códigos);
    • C – transponder Modo A (4 dígitos – 4096 códigos) e Modo C.
  • SSR em Modo S – usar as seguintes letras, de acordo com a capacidade da aeronave:
    • E – transponder Modo S, compreendendo a identificação da aeronave, a altitude pressão e a capacidade dos sinais espontâneos ampliados (ADS-B);
    • H – transponder Modo S, compreendendo a identificação da aeronave, a altitude pressão e a capacidade de vigilância melhorada;
    • I – transponder Modo S, com a identificação da ACFT, porém sem a capacidade de altitude pressão;
    • L – transponder Modo S, compreendendo a identificação da aeronave, a altitude pressão, a capacidade dos sinais espontâneos ampliados (ADS-B) e a capacidade de vigilância melhorada;
    • P – transponder Modo S, com a altitude pressão, porém sem a capacidade de identificação da ACFT;
    • S – transponder Modo S, com a altitude pressão e a capacidade de identificação da ACFT; ou
    • X – transponder Modo S, sem a identificação da ACFT e sem capacidade de altitude pressão.

OBS: A capacidade de vigilância melhorada é a capacidade que a aeronave possui para transmitir certas informações sobre voo, através de enlaces que vêm da aeronave, via transponder Modo S.

Equipamento ADS

Os equipamentos ADS (Vigilância dependente automática) são divididos em ADS-B (via transmissão), e ADS-C (via contato). Estes são inseridos no campo com as letras abaixo, de acordo com o que a aeronave possui:

  • ADS-B (Vigilância dependente automática – transmissão):
    • B1 – ADS-B com capacidade especializada ADS-B “out” de 1090 MHz;
    • B2 – ADS-B com capacidade especializada ADS-B “out” e “in” de 1090 MHz;
    • U1 – Capacidade ADS-B “out” usando UAT;
    • U2 – Capacidade ADS-B “out” e “in” usando UAT;
    • V1 – Capacidade ADS-B “out” usando VDL, em modo 4; ou
    • V2 – Capacidade ADS-B “out” e “in” usando VDL, em modo 4.
  • ADS-C (Vigilância dependente automática – contato):
    • D1 – ADS-C com capacidades FANS 1/A; ou
    • G1 – ADS-C com capacidades ATN.

Suponhamos que nossa aeronave disponibiliza apenas VHF RTF e um transponder Modo A (4 dígitos – 4096 códigos) e Modo C. De acordo com o que foi mostrado acima, as siglas a serem usadas serão V/C.

equipamentos e capacidades item 10

ITEM 13: Aeródromo de partida e Hora

Para o preenchimento do campo aeródromo de partida deve-se inserir o código ICAO, de quatro letras, da localidade da decolagem ou, se não houver indicador, ocupar com ZZZZ e complementar no campo 18 com DEP/ seguido do município e a localidade de partida.

Ao lado, o horário a ser preenchido, se o Plano for for apresentado antes da partida, é o estimado de calços fora (EOBT). Caso o plano de voo seja do tipo AFIL (apresentado em voo), será a hora real da decolagem.

Partindo do Aeroporto de Goiânia as 7h30 local, o horário zulu (UTC – 3) será as 10h30.

aerodromo de partida e hora preenchidos

ITEM 15: Rota

Velocidade de cruzeiro (VA/TAS)

Neste campo deve-se inserir a velocidade verdadeira de cruzeiro para o voo completo, ou se não for possível, para o primeiro trecho através de:

  • A letra K seguida de 4 algarismos para indicar km/h (quilômetros)
  • A letra N seguida de 4 algarismos para indicar Kt ou NM/h (nós)
  • A letra M seguida de 3 algarismos para indicar número Mach (arredondando para os centésimos mais próximos)
velocidade em km
velocidade de cruzeiro em kt
vel de cruzeiro em mach

Nível de cruzeiro

  • Nível de voo (FL): a letra F seguida de 3 algarismos, para voo VFR ou IFR.
  • Altitude: a letra A seguida de 3 algarismos quando não houver nível de voo.
  • VFR: Quando o voo VFR não for conduzido conforme a Tabela de Níveis de Cruzeiro (Nível ou Altitude de Voo), o Item 15 deve ser preenchido com sigla VFR, especificando-se no Item 18, por meio do indicador RMK/, a altura planejada para a realização do voo.
flight level 310
nivel de voo em FL
nivel de voo em altitude
campo preenchido com VFR
  • Devem ser utilizados os Níveis de Cruzeiro (nível ou altitude do voo) da Tabela de Níveis de Cruzeiro constante da ICA 100-12, respeitando-se o rumo magnético da rota a ser voada e a regra de voo.
  • Os Níveis de Cruzeiro devem ser expressos em NÍVEL para os voos planejados para serem conduzidos em um nível igual ou superior ao nível de voo mais baixo utilizável ou, quando aplicável, para os voos conduzidos acima da Altitude de Transição.
  • Os Níveis de Cruzeiro devem ser expressos em ALTITUDE para os voos planejados para serem conduzidos abaixo do nível de voo mais baixo utilizável ou, quando aplicável, para os voos conduzidos abaixo ou na Altitude de Transição.

Voo em corredores visuais

Para voos em corredores visuais, é recomendado que o voo ocorra na altitude máxima do corredor (REA), porém caso haja variações dos limites máximos de cada corredor, inserir no item 15 a maior altitude permitida, ou, inserir VFR e especificar no item 18 por meio do indicador RMK/, a altura planejada para o voo.

  • Inserir no item 15 as coordenadas dos portões de entrada e de saída das REA’s, devendo complementar no item 18 sobre quais pontos da REA a aeronave irá passar.

A primeira coordenada representa a entrada do portão da REA, e a segunda o portão da saída da REA.

O DCT representa que após a saída do portão, a aeronave irá voar direto para o aeródromo cujo seu indicador é SWGP:

Rota para corredores visuais

Voo IFR em rotas ATS

Se o aeródromo de partida estiver situado ou conectado a uma rota ATS, deve-se que inserir o designador da primeira rota ATS. Após isso, inserir o designador do próximo segmento da rota ATS, mesmo que seja igual ao precedente. Utilizar DCT se a navegação até o próximo ponto for realizado fora de aerovia.

rota para voo ifr em rota ats

OBS: Inserir o ponto em que esteja previsto mudança de velocidade e/ou altitude, seguido por uma barra e as respectivas mudanças. Se houver mudanças da rota ATS e/ou das regras de voo, utiliza-se o mesmo princípio.

mudança de alt e velocidade no ponto significativo

Voo IFR fora de rotas ATS

Para voos fora de aerovia, inserir DCT entre pontos sucessivos separados por um espaço, e que não ultrapassem 30 minutos de voo ou 200MN (370km/h), incluindo pontos em que se deseja realizar mudança de nível, velocidade, rota e/ou regras de voo, exceto que ambos os pontos estejam definidos por marcação, distância ou coordenadas geográficas.

rota voo ifr fora de awy

Como fazer mudanças de regras em um plano de voo Z?

Para a melhor compreensão das mudanças de regras em planos Z e Y, iremos exemplificar uma rota em que a aeronave irá mudar para IFR após a decolagem, e em seu retorno para o aeródromo volta para VFR.

A aeronave decola de SWNS com o mesmo destino, sendo SBGO o aeródromo de alternativa.

A velocidade é de 110kt e o nível de voo previsto no item 13 é o A055.

Para indicar mudança de regras no plano de voo Z, deve-se inserir no campo:

  1. O ponto onde está previsto a mudança das regras de voo;
  2. A velocidade e nível do avião, seguido de um espaço;
  3. E a sigla IFR, indicando que a partir desta posição o voo será mudado de VFR para IFR.
mudança de regras fpl z

Como fazer mudanças de regras em um plano de voo Y?

Para indicar mudança de regras no plano de voo Y, deve-se inserir no campo:

  1. O ponto onde está previsto mudar as regras de voo;
  2. A velocidade e nível do avião, seguido de um espaço;
  3. E a sigla VFR, pois indica que a partir desta posição o voo será mudado de IFR para VFR.

Usando o mesmo exemplo do tópico anterior:

mudança de regras fpl y

No plano de voo Y, indicar no campo 18 o nível de voo (FL) e a rota para o aeródromo de alternativa IFR (RALT). O ponto onde está prevista a mudança das regras de voo será considerado um ponto de notificação compulsório:

campo 18 preenchido com o ralt/

ITEM 16: Aeródromo de destino, Duração total prevista de voo e Aeródromos de alternativa.

Assim como no aeródromo de partida, o campo de destino deve ser preenchido com o código ICAO de quatro caracteres, porém com designativo do local de pouso. O campo EET Total (Estimated elapsed time) se refere a duração total prevista para o voo, também com quatro caracteres sendo eles compostos por números.

Se o AD de destino não é atribuído com código ICAO deve ser inserido ZZZZ no item, e complementar no campo 18 com o indicador DEST/ seguido do nome da localidade de destino, incluindo município e unidade federativa. Para planos de voo AFIL, o tempo previsto para o voo é calculado a partir do primeiro até o último ponto da rota.

Segundo o MCA 100-11, deve-se inserir o(s) indicador(es) de localidade(s) para aeródromo de alternativa com o código ICAO do local, não excedendo o limite de dois aeródromos, ou pode ser deixado em branco. Se não houver indicadores nos aeródromos de alternativa, ocupar o item com ZZZZ e complementar no campo 18 com ALTN/ seguido do nome do aeródromo.

Supondo que a aeronave irá partir para Cuiabá, e os aeródromos de alternativa são em Barra do Garças e Goiânia. O tempo total de voo será 04:00

item 16 do plano de voo preenchido

ITEM 18: Outros dados

O campo 18 serve para inserir outras informações necessárias para o voo que não foram indicadas nos campos anteriores. A forma correta para preencher é colocar o indicador apropriado, seguido de uma barra oblíqua e do designador a ser registrado, por exemplo: OPR/ Lift Aviation. Indica que o explorador da aeronave é a Lift Aviation.

  • O uso de indicadores não incluídos neste item pode resultar na rejeição dos dados, no seu processamento incorreto ou na sua perda.
  • Os hifens ou barras oblíquas somente devem ser usados como prescrito nos itens mostrados neste tópico.

A seguir serão vistos todos os indicadores possíveis para o preenchimento do plano de voo.

STS/

Este designador é para que o órgão responsável dê tratamento especial para aquela aeronave, por exemplo: STS/FFR, que indica que o voo é de combate a incêndio.

A lista abaixo mostra a lista de motivos para tratamento especial, através dos seguintes designadores:

ALTRV: Para um voo operado de acordo com uma reserva de altitude ou nível de voo
ATFMX: Para um voo não atingido pelas medidas ATFM, após coordenação e aprovação pela autoridade ATS competente.
FFR: Voo de combate a incêndio
FLTCK: Voo de inspeção para calibração dos auxílios à navegação aérea
HAZMAT: Para um voo que transporta material perigoso a bordo (ver NOTA 1)
HEAD: Para um voo com status de Chefe de Estado a bordo
HOSP: Para um voo médico declarado por autoridades médicas
HUM: Para um voo operando em missão humanitária (ver NOTA 2)
MARSA: Para um voo para o qual uma entidade militar assume responsabilidade pela separação de aeronaves militares
MEDEVAC: Voo para evacuação de emergência médica crítica para salvaguardar uma vida ou do translado de equipe médica para atender essa necessidade (ver NOTA 3)
NONRVSM: Para um voo não aprovado RVSM que pretenda operar em espaço aéreo RVSM
SAR: Para um voo engajado em uma missão de busca e salvamento
STATE: Para um voo engajado em serviços militares, de alfândega ou policiais

OBS 1: Adicionalmente, deverá ser inserido o termo RADIOFARMACO, precedida do indicador RMK/, para voo que transporte radio fármacos, os quais são destinados à realização de exames e tratamentos pelas áreas de medicina nuclear e radioterapia.
OBS 2: Adicionalmente, deverá ser inserida a codificação SEGP ou DEFC, precedida do indicador RMK/, para as operações aéreas, respectivamente, de segurança pública ou de defesa civil, com o objetivo de socorrer ou salvaguardar a vida humana ou o meio ambiente.
OBS 3: Adicionalmente, deverá ser inserida a codificação TREN ou TROV, precedida do indicador RMK/, caso o voo seja destinado, respectivamente, ao transporte de enfermo ou de órgão vital.

exemplo sts

PBN/

Este campo indica as especificações RNAV e/ou RNP, e inclui a quantidade necessária de designadores que são mostrados nas tabelas abaixo, aplicados ao voo, até o máximo de 8 inserções, ou seja, um total de até 16 caracteres.

Designadores Especificações RNAV
A1RNAV 10 (RNP 10)
B1RNAV 5 – Todos os sensores permitidos
B2RNAV 5 GNSS
B3RNAV 5 DME/DME
B4RNAV 5 VOR/DME
B5RNAV 5 INS ou IRS
B6RNAV 5 LORAN C
C1RNAV 2 – Todos os sensores permitidos
C2RNAV 2 GNSS
C3RNAV 2 DME/DME
C4RNAV 2 DME/DME/IRU
D1RNAV 1 – Todos os sensores permitidos
D2RNAV 1 GNSS
D3RNAV 1 DME/DME
D4RNAV 1 DME/DME/IRU
Designadores de especificação RNAV.
DesignadoresEspecificações RNP
L1RNP 4
O1RNP 1 básica – Todos os sensores permitidos
O2RNP 1 GNSS básica
O3RNP 1 DME/DME básica
O4RNP 1 DME/DME/IRU básica
S1RNP APCH
S2RNP APCH com BARO-VNAV
T1RNP AR APCH com RF (especial autorização requerida)
T2RNP AR APCH sem RF (especial autorização requerida)
Designadores de especificação RNP.

No plano de voo deve ser inserido da seguinte forma:

designador PBN do plano de voo

Este designador serve para indicar um equipamento adicional de navegação, se no Item 10 for indicada a letra Z. Também deve inserir a aumentação GNSS externa, se for indicada a letra G no ITEM 10, com um espaço entre dois ou mais métodos de aumentação.

NAV/exemplo

COM/

O designador COM/ indica se a aeronave possui um equipamento adicional de radiocomunicações, se no item 10 for indicada a letra Z.

exemplo de comunicações no campo 18

DAT/

Este designador indica equipamentos e capacidades de dados não especificadas no ITEM 10.

SUR/

O SUR/ serve para indicar equipamentos e capacidades de vigilância que não foram especificadas no ITEM 10. Nele, deve-se indicar o maior número de RSP aplicáveis ao voo. A primeira especificação virá após designador SUR/ sem espaço entre as letras.

Se houver duas ou mais especificações RSP, não será preciso indicar o designador novamente, apenas dar um espaço e em seguida indicar o próximo tipo de vigilância.

exemplo do preenchimento  de sur

DEP/

O designador DEP/, que indica o local decolagem, é um dos mais importantes pois o Plano de Voo poderá não ser recebido se o nome de tal localidade não constar da base de dados. Nele, o responsável deverá inserir o nome do município, seguido de um espaço, a Unidade da Federação (UF), seguido de um espaço, e a localidade de partida, se no Item 13 for indicado ZZZZ.

Em segundo caso, poderá ser inserido as coordenadas geográficas, com 11 caracteres, se o aeródromo de partida não for registrado nas publicações AIS.

  • A latitude será composta por 5 caracteres, sendo 4 deles os primeiros números da latitude (graus e minutos), seguido da letra “N” (Norte) ou “S” (Sul).
  • Já a longitude é composta por 6 caracteres, sendo os 5 primeiros números da longitude (graus e minutos), seguido de “E” (Este) ou “W” (Oeste).
exemplo departure com coordenadas

DEST/

Para o designador DEST/, se usa o mesmo preenchimento que o DEP/, alterando apenas o local que será para pouso ao invés de decolagem. Inserir o nome do município, seguido de um espaço, a Unidade da Federação (UF), seguido de um espaço, e a localidade de partida, se no Item 16 for indicado ZZZZ.

Em segundo caso, poderá ser inserido as coordenadas geográficas, com 11 caracteres, se o aeródromo de partida não for registrado nas publicações AIS.

  • A latitude será composta por 5 caracteres, sendo 4 deles os primeiros números da latitude (graus e minutos), seguido da letra “N” (Norte) ou “S” (Sul).
  • Já a longitude é composta por 6 caracteres, sendo os 5 primeiros números da longitude (graus e minutos), seguido de “E” (Este) ou “W” (Oeste).
exemplo destino com coordenadas

DOF/

Se o piloto enviar o plano para um ou mais dias depois da data de preenchimento, deverá inserir o designador DOF/ seguido da data de partida, em um formato de seis letras: YYMMDD. Onde YY se refere ao ano, MM ao mês, e DD o dia. Se o plano for para o mesmo dia do preenchimento, não será necessário o designador.

exemplo do preenchimento da data da decolagem no campo 18

REG/

O responsável deverá inserir marca comum ou de nacionalidade e a marca de matrícula da aeronave, se forem diferentes da identificação da aeronave que foi mostrado no Item 7. Em caso de voo de formação, o registro das aeronaves são separados por um espaço.

exemplo do preenchimento  de reg

EET/

O EET/ (Estimated elapsed time) é o designador que serve para indicar pontos significativos ou limites de FIR internacionais, seguidos da duração total prevista de voo, desde a decolagem até estes pontos ou limites de FIR, separadas por um espaço.

exemplo eet

SEL/

Algumas aeronaves possuem o equipamento SELCAL (selective calling system), que permite chamadas individuais em canais radiotelefônicos entre a aeronave e uma estação terrestre. No plano de voo, para informar que há este equipamento, usa-se o designador SEL/

exemplo do preenchimento  de sel

TYP/

Este designador é o complemento do item 9: tipo de aeronave. Caso no item seja preenchido com ZZZZ, deve inserir no campo 18 o designador TYP/ seguido da quantidade de aeronaves (se necessário) e o(s) tipo(s) de aeronave(s).

exemplo typ de aeronave

DLE/

Indica atraso ou espera em rota: deve inserir os pontos significativos da rota onde se tenha previsto que ocorrerá o atraso, seguidos da duração do atraso, utilizando-se 4 algarismos para o tempo em horas e minutos (hhmm).

exemplo de atraso da aeronave no ponto LODUV

OPR/

Se não estiver clara a identificação do operador registrada no Item 7, para aeronaves civis deve inserir o designador radiotelefônico ou nome do explorador da aeronave, e para aeronaves militares a sigla da Unidade Aérea à qual pertence a aeronave.

exemplo de operador da aeronave

PER/

Indica a performance da aeronave, relativo à velocidade de cruzamento sobre a cabeceira durante o pouso (Vat), indicado por uma única letra:

DesignadoresVelocidade de Cruzamento da Cabeceira (Vat)
Cat AMenor que 169 km/h (91kt) IAS
Cat BIgual ou maior que 169 km/h (91kt) a menor que 224 km/h (121 kt) IAS
Cat CIgual ou maior que 224 km/h (121 kt) a menor que 261 km/h (141 kt) IAS
Cat DIgual ou maior que 261 km/h (141 kt) a menor que 307 km/h (166 kt) IAS
Cat EIgual ou maior que 307 km/h (166 kt) a menor que 391 km/h (211 kt) IAS
Cat HHelicópteros
exemplo de performance

ALTN/

Se no Item 16 for indicado ZZZZ, deve ser inserido no campo 18 o designador ALTN/ em seguida o nome do município, a unidade da Federação (UF) e a localidade de alternativa de destino.

Em segundo caso, poderá ser inserido as coordenadas geográficas, com 11 caracteres, ou a localidade se o aeródromo de partida não for registrado nas publicações AIS.

  • A latitude será composta por 5 caracteres, sendo 4 deles os primeiros números da latitude (graus e minutos), seguido da letra “N” (Norte) ou “S” (Sul).
  • Já a longitude é composta por 6 caracteres, sendo os 5 primeiros números da longitude (graus e minutos), seguido de “E” (Este) ou “W” (Oeste).
exemplo de local de alternativa de pouso

RALT/

O designador RALT/ é para indicar aeródromos de alternativa em rota, representado pelo indicador ICAO, de 4 letras, ou pelo nome e a localidade dos aeródromos, se não houver indicador.

Se no item 8 (Regras de voo) for utilizado a letra Y ou Z, e o aeródromo de destino opere apenas sob Regras de voo visuais (VFR), deve indicar no campo o nível de voo IFR, a rota e o indicador de localidade do aeródromo de alternativa IFR. Para aeródromos que não constem nas Publicações de Informação Aeronáutica pertinentes, indicar a localidade.

exemplo do preenchimento de ralt

TALT/

Este designador é usado para operações em que a decolagem é feita em condições meteorológicas abaixo dos mínimos do aeródromo de partida, ou quando o piloto julgar que, em caso de imprevistos, não será possível regressar ao aeródromo de partida.

O TALT/ serve para indicar aeródromos de alternativa após a decolagem, representado pelo indicador ICAO, de 4 letras, ou pelo nome e a localidade dos aeródromos de alternativa pós decolagem, se não houver indicador. O aeródromo de alternativa pós decolagem poderá ser informado no momento do preenchimento do Plano de Voo ou,
se favorável, via radiotelefonia para Órgão ATS do local de partida.

exemplo talt em outros dados

RIF/

Este designador indica informações da rota que leva ao novo destino. Usa- se o designador RIF/ seguido do código ICAO aeródromo desejado. A rota revisada será sujeita a nova autorização do órgão competente em voo.

exemplo rif em outros dados campo 18

RMK/

O designador RMK/, que significa observação, indica informações adicionais sobre o plano de voo, quando solicitadas pela autoridade ATS, ou quando julgadas necessárias para a operação. Essas observações são inseridas na seguinte ordem:

  • Informação de transporte de enfermo, que será inserido com a sigla TREN, ou transporte de órgão vital com a sigla TROV, se no item 18 for colocado STS/MEDEVAC, para esses fins.
  • Informação de operações aéreas de segurança pública (SEGP) ou de defesa civil (DEFC), se no item 18 for colocado STS/HUM, para esses fins.
  • Código alfanumérico precedido da sigla CLR, acrescida de duas letras do indicador de localidade ICAO do aeroporto coordenado, que está condicionado à obtenção de SLOT ATC para operações de pouso e decolagem. O código é seguido das letras “P” ou “A”, simbolizando pista “Principal” ou “Auxiliar”, caso haja a necessidade dessa diferenciação, e de “R” ou “G” para as aviações “Regular” ou “Geral”;
  • Ou, ainda, o SLOT ATC de oportunidade para pouso ou decolagem precedido da sigla OPT;
  • Número da respectiva autorização de sobrevoo representado pela sigla AVO, expedida pela autoridade competente para as aeronaves autorizadas a sobrevoar e/ou pousar no território nacional;
    • OBS: no registro do número da AVOEM ou AVOMD não deve ser utilizado o caractere especial “/”. Caso o número da autorização possua esse caractere (AVOEM 205/12), este deve ser omitido (AVOEM 20512).
  • Confirmação do acerto prévio se o Órgãos ATS disponibiliza auxílios à navegação aérea ou auxílios luminosos que implica, necessariamente, na adequação dos horários previstos de funcionamento dos mesmos para o referido voo.
  • O indicativo de chamada de radiotelefonia que não coube no item 7.
  • Aeronaves militares que irão transportar altas autoridades. Devem inserir os códigos de autoridade, seguidos pelos códigos de serviços solicitados de acordo com as tabelas abaixo.
    • OBS: quando necessário, a função da autoridade será informada em linguagem clara após a codificação.
Códigos de autoridades a bordo
NúmeroCargo ou Patente
1Presidentes, Monarcas, Chefes de Estado ou de Governo
2Vice-Presidentes, Governadores, Ministros
3Tenentes-Brigadeiros e correspondentes
4Majores-Brigadeiros e correspondentes
5Brigadeiros e correspondentes
Códigos de serviços solicitados
Letra Tipo
HHonras previstas no cerimonial
VVisita informal do Comandante
NNão deseja honras
RReabastecimento
PPernoite
  • Se o plano for apresentado em voo, o registro da sigla AFIL, seguido do local ou do Órgão ATS que se poderá obter as informações suplementares. Esta informação é apresentada preferencialmente com telefone do local ou do órgão.
    • OBS: essa informação será inserida pelo Órgão ATS que recebeu o AFIL, de acordo com os dados transmitidos pelo piloto.
  • O código ICAO, de quatro letras, ou o nome do aeródromo no qual foi feita a última decolagem da aeronave.
    • OBS: Não se aplica às aeronaves militares brasileiras e de transporte aéreo regular.
    • OBS: Poderá ser inserido o aeródromo de partida apenas caso o piloto desconheça o aeródromo da última decolagem, em função do tempo que a aeronave permaneceu estacionada.
  • O indicador NONRNAV5 para aeronaves de Estado, aeronaves em missão SAR e aeronaves em missão humanitária que não sejam aprovadas para operação RNAV5, mas que pretendam operar em rota RNAV5.
  • Se o piloto deseja se assegurar a prestação do Serviço de Alerta, informar a certeza de decolagem caso decole de aeródromo desprovido de órgão ATS com destino a aeródromo provido de órgãos.
    • OBS: caso precise cancelar a decolagem, o cancelamento deve ser feito a um órgão ATS. O descumprimento dessa obrigação poderá resultar na responsabilização judicial do piloto pelo acionamento indevido dos meios de busca e salvamento.
  • Para aeronaves experimentais, deverá ser declarado que o voo planejado cumpre todos os requisitos estabelecidos no item 9319 ou 9321, aplicados no RBAC 91.
    • OBS: essa informação é obrigatória para que Plano de Voo de aeronave experimental obtenha aceitação dos Órgãos AIS/ATS.
  • Para voo de aeronave estrangeira para aeródromo de destino ou alternativa desprovido de Órgão ATS, deve ser apresentado que a tripulação possui capacidade de realizar as coordenações Ar-Ar por radiotelefonia utilizando o idioma português;
    • OBS: essa informação é obrigatória para que Plano de Voo obtenha aceitação dos Órgãos AIS/ATS.
  • Confirmação do preenchimento da Declaração Geral (General Declaration) para voos com destino ao exterior, quando aplicável;
  • Número do pagamento de tarifa para aeronaves civis estrangeiras, se aplicável;
  • Quaisquer outras observações em linguagem clara, separadas por um espaço.

Item 19: Informações suplementares

Para planos de voo AFIL (plano apresentado em voo por radiotelefonia), com exceção do código ANAC do piloto em comando, pessoas a bordo e autonomia, o item 19 poderá ser omitido.

  • A autonomia é composta por um grupo de 4 algarismos para indicar a autonomia em horas e minutos.
  • O número de pessoas a bordo (POB) que é a soma dos passageiros e tripulantes a bordo.
autonomia e pob
  • Poderá ser inserido TBN para ser transmitido aos órgãos ATS por radiotelefonia antes do momento da decolagem, quando o número de passageiros for desconhecido no momento da apresentação do FPL.
tbn em pessoas a bordo

Equipamentos de emergência e sobrevivência

Rádio (R/)
  • Riscar U, se a frequência UHF 243.0 MHz não estiver disponível.
  • Riscar V, se a frequência VHF 121.5 MHz não estiver disponível.
  • Riscar E, se não dispuser de Transmissor Localizador de Emergência (ELT) para localização de aeronave.
Equipamento de sobrevivência (S/)
  • Riscar todas as letras, se não possuir equipamento de sobrevivência a bordo.
  • Riscar uma ou mais letras indicadoras dos equipamentos que não possuir a bordo.
Coletes (J/)
  • Riscar todas as letras, se não possuir coletes salva-vidas a bordo.
  • Riscar L, se os coletes não estiverem equipados com luzes.
  • Riscar F, se os coletes não estiverem equipados com fluorescência;
  • Riscar U ou V, segundo assinalado em R/, para indicar o equipamento rádio dos coletes.
  • Riscar U e V, se os coletes não estiverem equipados com rádio.
Botes (D/)
  • Riscar as letras D e C, se não possuir botes a bordo.
  • Inserir o número de botes que possuir a bordo.
  • Inserir a capacidade total de pessoas de todos os botes.
  • Riscar a letra C, se os botes não dispuserem de abrigo.
  • Inserir a cor dos botes.
Cor e marca das aeronaves (A/)
  • Inserir a cor ou cores da aeronave e marcas importantes.
preenchimento de cor e marca da aeronave
Observações (N/)
  • Riscar a letra N, se não houver. Ou indicar, após a barra oblíqua, outros equipamentos de sobrevivência que possuir a bordo.
Piloto (C/)

Inserir o nome do piloto em comando, das seguintes formas:
Para Piloto Militar – posto e nome de guerra, seguidos das iniciais dos outros nomes.
Para Piloto Civil – nome e código ANAC.

OBS: Não serão exigidos o nome e código ANAC do piloto em comando, excepcionalmente, para atender a operações aéreas policiais e de defesa civil, previstas em legislação específica.

Preenchido por
  • Inserir o nome do responsável pelo preenchimento do Plano de Voo, quando não for o piloto em comando, e o número do telefone.
  • Inserir o código ANAC do responsável pelo preenchimento do Plano de Voo, quando não for o piloto em comando.
  • Assinatura do responsável pelo preenchimento.
preenchido por exemplo

Como preencher um plano de voo simplificado?

O plano de voo simplificado é válido para voos VFR inteiramente realizados em ATZ, CTR, TMA, FIZ, ou em uma FIR raio de até 27 milhas náuticas (50 km) do aeródromo de partida. Pode ser apresentado na sala AIS em até 10 minutos antes da EOBT, e vale até 45 minutos após a EOBT.

As informações para preencher o Plano de Voo Simplificado (PVS) são iguais ao Plano de Voo Completo (PVC), porém o simplificado tem menos itens. O piloto deverá preencher a parte da frente do PVS, e o verso é exclusivamente de uso dos órgãos ATS e AIS.

O plano de voo completo poderá substituir o plano simplificado apenas em casos de indisponibilidade do formulário IEPV 100-7. No Item 18 poderão ser incluídas outras informações pertinentes ao voo, que complementam o Item 15.

plano de voo simplificado

Como enviar um plano de voo?

Ao apresentar um plano de voo, o responsável pelo envio deve estar extremamente atento a sequência do formulário IEPV 100-20 e ás restrições operacionais, pois há risco de não ser aceito, atraso no processamento ou perda de dados importantes para o voo.

O utilizadores precisam confirmar via status no sistema ou por e-mail de confirmação, se o plano precisa de alterações, se foi aceito ou recusado. A apresentação do plano de voo pode ser pelas seguintes formas:

  • pessoalmente: em uma sala AIS do aeródromo de partida.
  • telefone ou fax: os locais e números dos telefones são encontrados no ROTAER.
  • internet: pelo sistema SIGMA, disponível 24 horas em todos os dias da semana.
  • via aplicativo FPL BR, disponível para Android e IOS.
  • radiotelefonia: os locais constam no ROTAER