Você já se perguntou qual o caminho mais rápido para alcançar o emprego de copiloto na linha aérea? Se você é piloto e ainda não alcançou seu objetivo final, é possível que esta questão venha a sua cabeça todos os dias.
Não existem fórmulas mágicas, mas existem caminhos muito eficientes para conquistar esse objetivo mais rápido. A questão da velocidade em conseguir emprego não é só uma questão de tempo, mas principalmente de sobrevivência profissional.
Pilotos que demoram muito tempo para conquistar o primeiro emprego acabam, inevitavelmente, sem dinheiro ou motivação para continuar, e muitos desistem da profissão nesta etapa, mesmo depois de muito investimento em formação.
Como é possível?
Certamente a caminhada do PP teórico até a linha aérea em apenas 2 anos é difícil e não é para todos. Principalmente por que exige dinheiro, caso você não tenha todo o capital necessário para a formação (PP, PC, MLTE, horas de voo, Jet Trainer, cheques, cursos preparatórios, etc.), a jornada será mais longa, mas o que queremos aqui é te dar o passo a passo para conseguir o objetivo no menor tempo possível, de acordo com as suas condições.
Outro ponto importante a se considerar são os fatores externos, como volume de contratações e fase do mercado.
A grande questão é, seguindo uma estratégia certeira e bem definida, adicionando muito esforço e dedicação, a probabilidade de conquistar a meta aumenta. Digo que é possível, por que já presenciamos diversos casos de sucesso por nossos alunos/pilotos da Lift Aviation, que conquistaram emprego na linha aérea logo após a conclusão do curso de Piloto Comercial de Avião.
Exitem diversas formas eficientes e milhares de caminhos possíveis de alcançar o sucesso na carreira, o passo a passo aqui apresentado pode ser uma dessas formas, porém, não exitem garantias ou certezas quando nos tratamos de carreira, o nosso objetivo é te ajudar a criar um planejamento coerente de carreira.
Passo 1: Durante o PP/PC teórico e prático
Durante a formação básica é preciso ter muita eficiência, realizando o treinamento de forma rápida mas com muita qualidade. Escolher uma boa escola de aviação é um ponto crucial.
Para o treinamento teórico deve-se buscar organizar a escala de estudos para que tenha constância.
Mesclar a leitura com exercícios, simulados da banca da ANAC , e voos em simuladores de voo (como o flight simulator/IVAO) torna o estudo mais dinâmico, prático e leve. A utilização de simulados para bancas da ANAC desde o início do curso teórico é muito importante para se preparar e não ser reprovado no exame (que pode atrasar a formação).
Para o PP prático, o fundamental é a escolha de escolas que ofereçam:
- Ensino prático de alta qualidade e padronização, além de bons materiais de apoio e recursos de estudo.
- Um número compatível de aeronaves e alunos, para garantir que sempre haja disponibilidade para marcação de voos. Em algumas escolas o treinamento pode demorar até 3x mais por exagerarem na capacidade instalada de aeronaves e instrutores.
- Uma localização geográfica favorável, que permita condições meteorológicas de voo durante boa parte do ano.
Passo 2: o Inglês é fundamental desde o início
Uma das frases que ouço muito é: “Não tenho um bom nível de inglês, mas vou esperar checar as carteiras, ou me formar na faculdade, e então começo a estudar inglês ou me preparar para o ICAO.”
O Inglês é pré-requisito fundamental e a habilidade mais difícil de se aprender (quando digo difícil, é por que leva-se muito mais tempo para aprender inglês do que aprender a voar).
Por isso, se não possui um nível muito bom de inglês, você deve estudar e também se preparar para a prova da ICAO desde o início da formação, durante o PP teórico! Ao deixar para depois, você estará atrasando em vários anos sua contratação na linha aérea.
Você pode se preparar para o teste ICAO com os cursos online da Lift Aviation, clicando aqui.
Passo 3: formação extracurricular desde o início
Alcançar a linha aérea em pouco tempo é pra poucos, fato. Mas se você fizer como todos fazem, vai acabar como a maioria. Por isso, é fundamental se destacar e possuir conhecimentos, habilidade e currículos diferentes da maioria, e isso se constrói desde o início da formação.
Para se destacar, você deve, pelo menos, dominar os seguintes pontos (muito falhos na formação comum):
- Padronização de voo
- Cartas aeronáuticas VFR e IFR (preferencialmente Jeppesen)
- Fonia/fraseologia aeronáutica padrão
- Dominar totalmente o voo IFR, principalmente ILS e RNAV
- Dominar as tecnologias de Radares Meteorológicos, RVSM, TCAS, ADS-B.
- Se certificar em segurança de voo com cursos de CRM (Crew Resource Management) , Fatores Humanos, SGSO, ALAR/CFIT, e outros.
Essa formação é fundamental para sair do padrão de currículos com somente MLTE/IFR/ICAO/Jet Trainer. Todos estes cursos podem ser encontrados também na Lift Aviation.
Deixar para se capacitar após a formação básica é uma forma de atrasar seu projeto profissional. De novo, é difícil conciliar, mas é possível.
Passo 4: a estratégia de emprego mais eficiente
A maior barreira no emprego na linha aérea, depois do dinheiro necessário para se formar, é atingir os mínimos de horas de voo exigidos pelas empresas, e é justamente nesta fase que muitos ficam por anos.
Uma boa estratégia é se tornar instrutor de voo (INVA), mas além de ser mais caro, uma oportunidade de emprego na instrução pode levar muito tempo. Apesar de acreditar que é uma excelente opção, não acredito ser a mais rápida.
Acumular horas de voo na aviação geral e executiva é uma saída, mas é um caminho cheio de obstáculos, demorado e complexo. É viável, mas pode demorar anos.
A forma mais eficiente que conhecemos é não depender das horas de voo como mínimo para o processo seletivo, e normalmente só existe uma forma para isso, os processos seletivos internos.
A maioria das empresas realizam seleções de copiloto para colaboradores da empresa (despachantes, atendentes, auxiliares administrativos, etc) nas chamadas seleções internas.
As grandes vantagens das seleções internas são:
- Não costumam pedir um número de horas de voo como mínimo (com PC/MLTE/IFR já é suficente).
- Costumam acontecer antes das seleções externas e possuem menos concorrência.
- Os colaboradores da empresa já conhecem a padronização, operação, cultura, diretrizes e estão familiarizados com o ambiente, o que é melhor para as duas partes.
Na GOL linhas aéreas, por exemplo, é necessário que você seja funcionário/colaborador da empresa por pelo menos 6 meses para se candidatar a uma vaga interna de copiloto.
Nossa recomendação é buscar vagas de emprego (em funções operacionais/administrativas) nas companhias durante o período em que estiver cursando o PC ou faculdade de ciências aeronáuticas, assim, quando checar as “carteiras”, já estará apto a se candidatar na próxima seleção.
Passo 5: Estar preparado para o processo seletivo
Não adianta seguir todos os passos anteriores e não estar totalmente preparado para o processo seletivo, no momento em que ele acontecer. Você deve se preparar, com antecedência, para:
- As provas teóricas, que costumam ser a primeira fase do processo (simulados das provas da LATAM, GOL e Azul são disponibilizados para assinantes da Lift Aviation).
- O simulador de voo, que costuma medir suas habilidades em padronização de voo, controle da aeronave e principalmente navegação IFR.
- As entrevistas e dinâmicas de grupo, que necessitam de treinamento para aumentar as chances de sucesso (Curso preparatório para entrevistas e dinâmicas para linhas aéreas)
Último passo: se prepare para adversidades
Por fim, acredito que é essencial analisar e realinhar o planejamento da carreira sempre que necessário, afinal, imprevistos acontecem e você encontrará diversas barreiras no caminho.
Tente se manter motivado, mas mais do que isso, sempre tenha o planejamento das próximas etapas e não se deixe levar pelo senso comum e fazer o que todos fazem.
Seja diferente, altamente capacitado e faça o melhor que puder fazer a cada etapa.